Naqueles tempos de pura inocência
À sombra daquela árvore em frutos,
Caindo ao menor movimento
No chão a festa dos animais e insetos.
Cada fruta madura caindo é cenário único,
E no pé o atrevimento infantil
Se agarrando como podia
Indo até as grimpas do cajueiro.
Ao fim do dia a colheita
As sementes para assar no fogo
O alimento mais cobiçado
Com gostinho de saudade.
Se eu pudesse plantaria cajueiro em cada rua
Em cada colina
Em cada cantinho de terra urbana,
E assim compartilharia minha saudade infinita.