As noites abrem caminhos indescritíveis
Em um passado longínquo,
De experiências mais agudas de vida,
De um mundo que parece não ter existido.
Quando ali chegava de férias
Era um tempo que parecia não ter fim,
Nem relógio era preciso,
Apenas o movimento solar indicando etapas do dia.
Como esquecer a ausência de sombra ao meio dia?
De pé olhando para o chão,
Nada!
Era como se pisasse sobre si mesmo.
O meio dia é traiçoeiro,
Impede de nos ver ao menos na sombra,
Nos faz recolher para dentro,
Como que engolindo si próprio.
Sem relógio, o meio dia basta!
É tempo que anula a extensão
E nos torna prisioneiros...
Das lembranças, hoje!