Juntos fomos construindo um cantinho,
Nosso canto,
Como era bom acordar ali,
Nas manhas ensolaradas,
Entre pios e cantos das passaradas.
O tempo não tinha medida,
Pura plenitude,
O amor jorrava nos poros
E o prazer nosso alimento.
Mas a tempestade chegou sorrateira,
O cuidado escasseou,
A indiferenca matreira
Jogou na lama o que havia de melhor.
Fomos cumplices de nossa derrota,
Deixamos o mato crescer em volta,
Então restou o fim.