Como se fosse um espírito invisível,
Já vem ele balançando as copas das árvores,
Movimentos os ramos e as folhas,
Refrescando meu entardecer.
Era muito quente
E nem o percebia.
Seu sopro era como língua de fogo,
Aquecida pelo sol a pino,
Sem atino.
Meu Deus!
Isso parece a porta do inferno.
E logo ele cheia faceiro,
Como se fosse um saci-pererê.
Faz tudo pular,
Tudo se contorcer de prazer.
Assim sempre chegou a mim
O andar ligeiro em fins de tarde,
O passar do vento.
Só de o ouvir vale a pena ter nascido!