Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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A minha rua

Convivo com ela todos os dias,

Seu ar bucólico me deixa feliz,

Em seu nome, uma linda flor:

Lirio!

Brancura tamanha

Sem retoque e sem igual.

A minha rua é de tanta gente

Que nem sei quantos.

Endereço nobre de um canto,

De uma praia,

Não de qualquer praia,

Mas daquela que se foi pro mar.

Deixou saudade,

Mas se fez lembrança.

Agora só me resta a minha rua,

Toda nua

Pois seu vestido de brumas

Foi carregado pelo mar.

Nem as espumas,

Nem seu barulho,

Apenas o silêncio da morte:

Tomaram suas areias

E elevaram prédios.

Expulso o mar,

Ficou apenas o nome do bairro,

Com a minha rua.

Até meu canto

Morre de saudade.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 26/06/2025
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