Caro visitante!
Em primeiro lugar saiba que o considero de maneira especial por entrar nesse espaço tão íntimo. Ninguém entraria na intimidade de outra pessoa para fazer o mal e se o fizer para isso, peço-lhe que se afaste de mim. Não perca seu tempo comigo! Somente os maus se alimentam da maldade e isso não é o meu caso.
Em segundo lugar, foi durante a pandemia que a escrita chegou até mim oferecendo uma mãozinha para me ajudar na travessia. Era e é muito duro. Nunca imaginei que o distanciamento de corpos nos tocasse de maneira tão profunda. E nessa caminhada que nunca parece terminar, a escrita se mostrou a mim como remédio. A escrita salva não apenas a alma, mas o espírito e o corpo.
E assim nesse espaço estarei disponibilizando a você que veio me visitar um pouco da minha cura, um pouco de mim, ainda vivo, ainda amando. Espero que não sinto nenhum amargor nas letras e se o sentir, saiba que também os remédios amargos são feitos para cura.
Em terceiro e último lugar, procurei a fonte de escrita do aprendizado em caligafia, pois foi com ela que me encontrei pela primeira vez com minha companheira, mas essa disponibilidade não está disponível aqui. A escrita e a linguagem são o modo de ampliação de nossa visão de mundo. Como vida explode para o mundo nas letras! E nesse cantinho das letras nos encontramos. É nesse caminho que espero estar com você, lado a lado. Ate o silêncio nas letras se faz linguagem, se faz palavas. Por isso, nos constituimos como pessoas. Fica um tempinho aqui! Sem pressa. Mas, mesmo que seja só para um cafezinho sua presença é uma dádiva. Que os céus o recompense!
Um forte abraço
Edebrande
Como me faz tão bem pegar o carro e sair para algum lugar não muito longe. Sem pressa. Sem estresse. Sem fome. Sem sede.
Para viajar basta uma disposição e algum dinheiro.
Dinheiro? Muita gente acha que precisa de muito.
Relativo. Tem gente que consome num bar a cada final de semana uma quantia que daria para viajar todo mês. O prazer da bebida nem se compara com o da viagem.
Na viagem a vida perde sua rotina, tantas vezes chata.
Na viagem nossos olhos veem o que não está na rotina diária.
Somos forçados ao consumo e mesmo o prazer precisa ser com consumo.
Não! O prazer nos embriaga com outras coisas.
Por que não consumimos o prazer sempre foi taxado como imoral ou pecado.
Vamos nos embriagar viajando? É feriadão!
Entre as flores dos ipês marcando as matas e nossas ruas, e a campanha de prevenção ao suicídio esse mês se inicia politicamente tenso. Quando uma data passa a ser objeto de disputa de poder em vez de celebração da paz isso denota a doença pandêmica em que nos metemos.
Não há saída para o caminho irracional como se defende na sociedade. As luzes da razão da época do iluminismo estão fazendo muita falta.
Pobre iluminismo! Foi negado e condenado como comunismo. A ignorância toma conta de grande parcela da população.
Mas as mortes por suicídio não devem ser esquecidas. Tantas pessoas sofrem muito além dos poblemas ideológicos entre esquerda e direita.
O suicídio nunca foi saída e nem postura de coragem. O suicídio decorre do adoecimento de nossa sociedade. Perdemos a alegria de viver. O mundo se tornou cinzendo, sem graça. Puramente sem sentido.
Ou nos juntamos, ou nos destruímos como sociedade!