Como me faz tão bem pegar o carro e sair para algum lugar não muito longe. Sem pressa. Sem estresse. Sem fome. Sem sede.
Para viajar basta uma disposição e algum dinheiro.
Dinheiro? Muita gente acha que precisa de muito.
Relativo. Tem gente que consome num bar a cada final de semana uma quantia que daria para viajar todo mês. O prazer da bebida nem se compara com o da viagem.
Na viagem a vida perde sua rotina, tantas vezes chata.
Na viagem nossos olhos veem o que não está na rotina diária.
Somos forçados ao consumo e mesmo o prazer precisa ser com consumo.
Não! O prazer nos embriaga com outras coisas.
Por que não consumimos o prazer sempre foi taxado como imoral ou pecado.
Vamos nos embriagar viajando? É feriadão!
Entre as flores dos ipês marcando as matas e nossas ruas, e a campanha de prevenção ao suicídio esse mês se inicia politicamente tenso. Quando uma data passa a ser objeto de disputa de poder em vez de celebração da paz isso denota a doença pandêmica em que nos metemos.
Não há saída para o caminho irracional como se defende na sociedade. As luzes da razão da época do iluminismo estão fazendo muita falta.
Pobre iluminismo! Foi negado e condenado como comunismo. A ignorância toma conta de grande parcela da população.
Mas as mortes por suicídio não devem ser esquecidas. Tantas pessoas sofrem muito além dos poblemas ideológicos entre esquerda e direita.
O suicídio nunca foi saída e nem postura de coragem. O suicídio decorre do adoecimento de nossa sociedade. Perdemos a alegria de viver. O mundo se tornou cinzendo, sem graça. Puramente sem sentido.
Ou nos juntamos, ou nos destruímos como sociedade!